
O resultado afunda o Tricolor em uma crise sem precedentes - são agora seis partidas seguidas sem vencer em casa, somando a Recopa. O time fica cada vez mais distante dos rivais que estão fora da zona do rebaixamento. Com apenas dez pontos, a equipe dirigida por Paulo Autuori tem cinco abaixo do Santos, o 16º. No domingo, pega o Flamengo, às 16h, no estádio Mané Garrincha, em Brasília.
O Atlético-PR não cumpre a meta de entrar no grupo dos quatro melhores, mas volta a Curitiba com um ponto precioso. Ponto que o deixa em sétimo, com 21, apenas um abaixo do Grêmio, quarto neste momento. A chegada ao G4 pode acontecer no fim de semana, quando enfrenta o Criciúma, domingo, às 18h30m, no estádio Durival de Britto.
Tricolor faz gol polêmico; Paulo Baier empata
Desde o primeiro minuto de jogo, o São Paulo mostrou uma postura diferente. O time acuado, temeroso de se expor dos últimos jogos, deu lugar a uma equipe vibrante e empenhada em encerrar a crise. Nem o susto em chute perigoso chute de João Paulo logo no início esfriou o Tricolor, empurrado pela boa presença da torcida no Morumbi.
A ausência de Luis Fabiano, vetado de última hora por causa de dores nas costas, foi benéfica para o ataque. Com Aloísio e Osvaldo na frente, auxiliados por Jadson e Lucas Evangelista, o time ganhou mobilidade para abrir a defesa rival e ensaiar uma leve pressão.
A crise, porém, impede até que o gol saia de forma natural. Aos 17, Rodrigo Caio desviou de cabeça uma cobrança de falta de Jadson, acertando o canto esquerdo baixo de Weverton. Aloísio chegou para desviar, não alcançou a bola, mas o assistente Fábio Pereira ergueu a bandeira marcando impedimento. No entanto, depois de sofrer pressão dos dois times, o árbitro Anderson Daronco validou o lance.
A desvantagem fez o Atlético-PR acordar e expor falhas na defesa são-paulina. A começar por Rogério Ceni, que errou uma antecipação de bola e permitiu que Dellatorre acertasse o travessão. A igualdade veio aos 37 em uma jogada infantil de Rafael Toloi. O zagueiro deu um carrinho desnecessário na área e derrubou Marcelo. Paulo Baier soltou a bomba na cobrança do pênalti, o goleiro chegou a desviar, mas a bola entrou.
Tricolor perde o controle; Furacão segura o jogo
A necessidade de recuperar a vantagem atrapalhou novamente o São Paulo. O time voltou para o segundo tempo com o mesmo ímpeto, apoiado pelos torcedores, mas se afobou. Aloísio e Osvaldo não se entenderam, correram mais que a bola e quase não foram produtivos. Para assustar, Fabrício errou uma saída de bola que Marcelo chutou com perigo à direita de Ceni.
Paulo Autuori tentou conter o desespero do time com mais cadência no meio de campo. Ganso entrou na vaga de Fabrício, mas, ao contrário dos dois últimos jogos, nada fez. A segunda tentativa foi com Ademilson na vaga de Jadson, o único com poder de criação. A troca piorou a exibição e passou a irritar parte dos torcedores.
O Atlético-PR optou por não arriscar. Quando tentou sair, abriu a defesa e quase foi surpreendido por um adversário que pouco construiu na etapa final. Rogério Ceni fez boa defesa em falta batida por Elias, mas, no contra-ataque, Léo quase marcou contra após cruzamento rasteiro de Ademilson.
Os minutos finais foram de desespero no campo e nas arquibancadas. O São Paulo errou tudo que tentou no ataque e na defesa. Por sorte, Ederson parou em Ceni na maior chance do segundo tempo. Bom resultado para os paranaenses, colados nos líderes e vendo o Tricolor cada vez mais distante na classificação.
UOL